Doutor, é feita a anestesia no exame de urodinâmica?

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Já falei nos textos anteriores sobre como é a realização do exame de urodinâmica. Além disso, falei sobre como a ansiedade pode influenciar nos resultados desse exame. Agora, quero me deter com você em um ponto mais específico: é feita anestesia no exame de urodinâmica?

Para responder a esta pergunta, vou relembrar um pouco o procedimento do estudo urodinâmico. Para a realização deste exame, são inseridos cateteres no canal urinário e através deles é infundido soro fisiológico para dentro da bexiga do paciente. Essa ação mede o comportamento da bexiga por meio de simulação dos sintomas que o paciente relata em consulta prévia com o urologista.

O estudo urodinâmico é realizado com algumas fases muito importantes: fluxometria urinária, cistometria de enchimento e estudo miccional.

É feita anestesia no exame de urodinâmica?

O exame de urodinâmica é realizado pelo urologista e em caráter ambulatorial, não há necessidade de internação. O paciente recebe anestesia local para a introdução dos cateteres (tubos finos e flexíveis por onde será inserido o soro e serão medidas as pressão). O paciente, mesmo com a anestesia, pode sentir algum desconforto durante o exame, mas não dor. Muitas vezes, a sensação desconfortável é de bexiga cheia e é muito importante que você relate isso ao médico que tiver realizando o estudo.

Após o exame, a recomendação ao paciente é que ele continue ingerindo muita água, pelo menos dois litros por dia. Além disso, nos três primeiros dias após o exame, o paciente deve urinar de duas em duas horas. Contudo, é normal que o paciente sinta um desconforto e ardência ao urinar. Da mesma forma, perceba a saída de algumas raias de sangue durante a micção.

O que pode adulterar o resultado do exame?

Além da ansiedade na hora do exame, existem outros fatores que podem adulterar o resultado. Um deles é a infecção urinária. Em nossa clínica, realizamos uma avaliação instantânea da urina imediatamente após a fluxometria e antes de inserir os cateteres e iniciar as outras fases do exame. Assim, podemos orientar tratamento e adiar o exame quando existe alguma infecção detectada. Quando necessário, será solicitada a urocultura, que é utilizada para detectar o tipo de microrganismo responsável por causar a infecção. De maneira geral, junto com a urocultura é solicitado também o antibiograma, ajudando a identificar em quais antibióticos as bactérias são mais sensíveis ou resistentes.

Quais são os sintomas mais comuns do trato urinário inferior?

Os sintomas mais comuns de problemas no trato urinário inferior são:

  • Vontade súbita de urinar;
  • Micção frequente;
  • Aumento de idas ao banheiro durante a noite;
  • Retenção da urina;
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
  • Jato fraco e fino;
  • Jato interrompido.

Caso você tenha se identificado com algum destes sintomas, procure o atendimento com o urologista e investigue as causas desses sintomas. Lembre-se que a incontinência urinária é um sinal de alerta para outras doenças. Fique atento! Converse com seu médico e peça a ele um check-up urológico, pois as doenças que são tratadas precocemente possuem maiores chances de dar bons resultados aos tratamentos.

E aproveite para se informar sobre o funcionamento do aparelho reprodutor masculino, além das principais doenças que podem prejudicar a vida sexual. Em caso de dúvidas, converse com o seu médico de confiança!

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