A fimose é uma doença não muito simples de ser reconhecida da maneira correta. Por isso, é importante procurar o urologista, que é o profissional habilitado para realizar um diagnóstico assertivo. No entanto, as confusões sobre o que seja de fato a fimose deixam muitos pais e mães preocupados com o seu bebê. Mas afinal: como se manifesta a fimose em bebês?
Neste artigo, vamos esclarecer um pouco esse assunto tão controverso, mesmo na literatura médica, com a intenção de tranquilizar pais e mães. Quanto mais soubermos sobre o assunto, mais serena será nossa postura diante dele. Então, vamos lá!
O que NÃO É fimose?
Alguns sinais no bebê podem dar a entender que se tratam dessa doença, mas, na verdade, são apenas sinais normais e que não exigem preocupação. Um exemplo é a aderência do prepúcio à glande. Prepúcio é a pele que recobre a cabeça (glande) do pênis. Nos homens adultos e em muitos adolescentes, essa pele já é totalmente retrátil, sendo possível a completa exposição da cabeça do pênis. Contudo, muitos bebês nascem com o prepúcio colado a ela, e isso é normal. A tendência é que ele vá se descolando com o passar do tempo (e aqui estamos falando de anos).
Outra possível confusão com a fimose em bebês é a que pode ocorrer em crianças obesas: a pele do pênis pode ser empurrada para frente pela gordura do púbis, aparentando um excesso de pele. Portanto, como você pode ver, em alguns casos, pode não ser tão simples reconhecer os verdadeiros sinais da fimose em bebês. Por isso, consultar um médico urologista quando se tem alguma suspeita é sempre o melhor caminho.
O médico poderá identificar se se trata de uma fimose fisiológica ou patológica. Eu explico.
Quando a fimose em bebês é fisiológica
Também chamada de fimose primária, ela ocorre em quase todos os recém-nascidos e costuma resolver-se de maneira espontânea. Em 90% dos casos, até os 5 anos de idade. No exame clínico, observa-se a flexibilidade do anel prepucial e a ausência de cicatrizes. Na presença desse tipo de fimose em bebês, exige-se dos pais alguns cuidados essenciais:
- evitar a tração forçada do prepúcio: isso pode causar pequenas fissuras na pele. Após a cicatrização delas, a pele tende a ficar mais rígida, o que significa um retrocesso para a saúde do bebê, e pode vir a tornar-se uma fimose patológica, como veremos;
- realizar a tração gentil: durante o banho e nas trocas de fraldas, com muito cuidado para não ferir a pele. Além disso, é essencial sempre trazer de volta o prepúcio, para evitar a parafimose – quando o prepúcio fica “trancado” atrás da glande, de modo a estrangular o pênis. Esse acidente se configura como uma emergência urológica.
Fimose em bebês – quando ela é patológica
Esse é o caso de fimose em bebês que exige mais atenção dos pais e do médico. O anel prepucial é demasiado pequeno e não distensível. Ou seja, ele não se abre para expor a glande. Esse impedimento pode prejudicar muito o bebê no sentido de ocasionar uma higiene inadequada, abrindo as portas para a proliferação de fungos e bactérias, que podem causar diversas doenças.
Portanto, não tente diagnosticar você mesmo o seu filho. Na suspeita de fimose, ou se tiver qualquer outra dúvida, converse com o seu urologista.