Olá meus amigos! Após três posts na série explicando um pouco mais sobre o hipogonadismo no homem, além de seu diagnóstico e formas de tratamento, chegou a hora de falar um pouco sobre cuidados e riscos relacionados a esse tratamento. Portanto, se está pensando em iniciar esse tratamento, leia esse texto com atenção!
Preciso fazer exames quando estou fazendo reposição de testosterona?
É fundamental que faça avaliações médicas periódicas quando se inicia esse tratamento. Normalmente, no primeiro ano, recomenda-se consultas a cada 3 meses, durante as quais além de avaliar a melhora dos sintomas e medir a sua pressão arterial, o médico também fará avaliação de seus exames. Depois do primeiro ano, as avaliações são menos frequentes e serão adaptadas às suas necessidades.
Quais exames são comumente solicitados para acompanhar o tratamento com testosterona?
Além de medir os níveis de testosterona para saber se estão normalizando com o tratamento, seu médico também deverá solicitar o hemograma (avaliar a quantidade de glóbulos vermelhos que pode estar aumentada – Policitemia) , medição do colesterol e da glicemia (açúcar no sangue) que podem estar elevados e marcadores da função dos rins e do fígado. Além disso, como a testosterona pode causar leve aumento de próstata (mas não causa câncer), é recomendado coletar o PSA (marcador de doenças da próstata) a cada reavaliação com seu médico.
Então quais são os riscos que estou correndo quando faço o tratamento com a testosterona?
A testosterona é uma molécula endógena, ou seja, produzida normalmente pelo próprio organismo. Portanto, de uma forma geral, é seguro utilizar a medicação que repõe os níveis do hormônio. No entanto, como a produção não é fisiológica, pode ocorrer oscilações nos níveis com picos e reduções acentuadas que normalmente não são vistas em quem produz a testosterona. Dessa forma, foram relata das modificações da pressão arterial, aumento do número de glóbulos vermelhos, alteração do açúcar do sangue e do colesterol, além de possível agravamento de sintomas miccionais (dificuldade para urinar). Dessa maneira, a realização de exames periódicos é fundamental para detectar alterações relacionadas ao tratamento e permitir que o médico realize mudanças na medicação ou na forma de uso para evitar problemas. Raramente, essas alterações impedem ou contra indicam por completo o uso da testosterona.
Qual mensagem devo levar para casa a partir dessa série de posts??
O hipogonadismo masculino é um problema comum que afeta homens com o avançar da idade e deve ser diagnosticado com uma entrevista, exame físico e alguns exames. Além disso, quando confirmado, é possível realizar o tratamento repondo o déficit dos hormônios com injeções ou géis entre outros. Quando em tratamento, é fundamental manter avaliação médica periódica e realização de exames complementares.
Assim encerramos essa série sobre hipogonadismo e espero que tenha sido útil para vocês. Se restou alguma dúvida, relei os textos anteriores ou nos escreva através do email (urologiahojeemdia@gmail.com), que teremos o maior prazer em respondê-los. Procure seu urologista!!!