Repetir a urodinâmica: em quais casos é necessário?

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Para entendermos se é preciso repetir a urodinâmica, primeiramente vejamos em que consiste esse exame. A avaliação urodinâmica, ou estudo urodinâmico, tem o objetivo de verificar e registrar alterações no armazenamento e esvaziamento da urina. Geralmente, é solicitada por um urologista ou ginecologista, quando o(a) paciente apresenta problemas urinários.

Por si só, já se trata de um exame repetitivo, dividido em várias etapas. Por isso, o profissional e o paciente devem fazer todo o possível para que todo o processo não precise ser feito novamente.

Em que consiste a avaliação urodinâmica

Trata-se do estudo funcional do trato urinário baixo, compreendendo as fases de enchimento e esvaziamento vesical. Inserem-se sondas na bexiga através da uretra e na ampola retal. Essas sondas se conectam a transdutores que medem a pressão nessas regiões. Os transdutores transmitem em tempo real essas informações sobre a pressão e as mostram na forma de gráficos na máquina do Estudo Urodinâmico.

Indicação do exame

Quando o médico solicita esse exame para o paciente, é preciso orientá-lo devidamente sobre como o exame acontece, pois, sem dúvida alguma, trata-se de algo constrangedor. O paciente precisará despir-se e urinar diversas vezes nas várias etapas do estudo, diante da equipe médica. Por natureza, isso não é algo confortável. Mas é preciso focar no objetivo: a solução do problema que levou o paciente até o urologista.

Pacientes com necessidades especiais, como cadeirantes, pessoas com déficit psicológico, acamadas ou com deficiência física precisam de maior atenção, maior cuidado no preparo e na execução do exame. Dessa forma, sugere-se, por exemplo, reservar mais espaço na agenda da equipe médica para atender esses pacientes da melhor forma possível.

Como é feito o exame?

A avaliação urodinâmica se divide em 3 partes: Urofluxometria, Cistometria e Estudo Miccional.

Cada uma delas tem função importante e significativa no resultado final do exame e, portanto, merece todo o esmero da equipe médica e colaboração do paciente. Em alguns casos, porém, não é necessária a realização de todas as etapas, sem prejudicar o diagnóstico.

Urofluxometria: é a medida do fluxo e volume urinários em um determinado espaço de tempo. O paciente urina dentro de um recipiente colocado sobre o urofluxômetro, homens em pé e mulheres sentadas, sendo necessário nessa fase do exame um forte desejo miccional;
Cistometria: o paciente posiciona-se sobre a maca em postura ginecológica. Então, inserem-se sondas de fino calibre na uretra, para medir o resíduo pós-miccional. Depois, insere-se a sonda retal. Nesse momento, a equipe avalia e toma nota de todos os eventos que ocorrerem desde então e a sua intensidade. Essa etapa dura até que o paciente refira forte desejo miccional ou urgência para urinar.
Estudo miccional: aqui, retiram-se as sondas e pede-se ao paciente que urine como faria em sua casa.
Ao final do exame, a equipe coletará os resultados do exame para que o urologista faça a avaliação.

Quando será necessário repetir a urodinâmica?

Se tudo correr bem, e o exame apontar resultados satisfatórios, que possibilitem um diagnóstico claro, a tendência é não ser necessário repetir a urodinâmica. No entanto, se o exame não conseguir reproduzir os sintomas que levaram o paciente a realizar o estudo ou se o paciente foi submetido a um procedimento cirúrgico após a uridinâmica e o resultado não foi satisfatório, ou ainda se houve mudança do estado neurológico, como após um AVC (derrame) pode haver a necessidade de repetir a urodinâmica para avaliar essas mudanças e direcionar os próximos passos.

Volto a dizer: a equipe médica precisa esforçar-se para que o paciente possa realizar o exame da maneira mais confortável e menos constrangedora possível. Converse com o seu urologista sobre os benefícios da avaliação urodinâmica.

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